sábado, 19 de janeiro de 2008

Save me...


"Estou a andar numa rua.
Apodera-se de mim uma sensação de deja vu.
Arrepio-me.
Revejo memórias a pensar de onde conheço a rua.
Não a consigo situar.

A rua está deserta, isto é, deserta, deserta não.
Estou lá eu, e dezenas de árvores de ambos os lados.
A rua é larga tal como nenhuma rua que eu me recorde de ter andado.
É Outono. As folhas estão castanhas.
Um novo arrepio…

Olho para o céu, o sol está a preparar-se para dar lugar à lua.
Fica com uns tons que adoro, e paro por momentos a contemplar o pôr-do-sol.

Não penso em nada.
Até a rua já me fugiu do pensamento.
Nisto ouço passos.

Luto comigo mesma a pensar se olhe para ver a quem pertencem e, assim talvez, me situar ou se continuo a olhar para o sol.

A curiosidade ganha, e olho para trás, saído de uma esquina que subitamente deixa de existir, estás tu.
Os meus olhos sorriem ao reconhecer-te.

Já não me importa o pôr-do-sol, ou o céu, ou o sol, ou a rua, ou as folhas..
Estou concentrada em ti.
Toda eu te observa.
Devoro todos os teus movimentos,

Estás a falar comigo, mas não te consigo ouvir. Será que foste tu que viraste mudo ou eu que virei surda?

Não importa.
Foco os teus olhos e eles dizem mais do que o que as tuas palavras tentam dizer.

Continuo ali, a saborear cada segundo, que me parece pequeno demais.
Ainda não paraste de falar.
Ainda não te consigo ouvir.
Ainda não tem importância.

Calaste.
O teu olhar entristece e emudece.
Uma dor dilacera-me por dentro.
O silêncio provocado pelo teu olhar mata-me aos poucos.
Tento dizer algo, alguma coisa, qualquer coisa.
Nada sai…


Os meus olhos focam-se nos teus e pedem-te ajuda.
Pedem-te que me percebas.
Que os consigas ler.
Que consigas ouvir tudo o que eu não consigo dizer.
Que compreendas todas as palavras que me estão presas na garganta (ou será no estômago) e teimam em não sair.


Num acto de desespero fecho os olhos.


Volto abri-los.


Já não estou na rua que apesar de desconhecida me era familiar.
Já não estava a ver aquele pôr-do-sol em tons de Vanilla Sky.
São 5h da manhã.
Estou, respiração ofegante, sentada na cama, no meu quarto.
Olho em volta, e tu também já não estás presente.

Também tu te evaporaste juntamente com as folhas, e as árvores, e a rua e o sol.
Revejo o sonho, e recordo-me do silêncio cheio de tudo o que nunca foi dito.
Cheio d’As palavras que nunca te direi.

Abro os lábios e respiro fundo, e então elas resolvem-se a sair.
Num sussurro suspirado com medo de serem ouvidas pelas paredes que me rodeiam.

Tenho saudades tuas.”

Fecho outra vez os olhos, numa esperança vã de ouvir “eu também”.

Abraço-me a mim mesma e finjo que és tu que me abraças.
Já deitada, encolho-me o mais possível, e volto a tentar adormecer…

Na meia hora que se segue, enquanto o João Pestana teima em não voltar a vir, recordo o sonho vezes e vezes sem conta. Dou mil voltas na cama. Dou mil voltas aos pensamentos. Passam 1000 vezes por ti. E nisto o João chega.. E eu adormeço, novamente a pensar em ti."


A rua que está na foto, não é a rua do meu sonho.
Pelo menos eu acho que não é.
Mas pouco falta para ser.

Já só falta o pôr do sol.


You look like... a perfect fit,

For a girl in need... of a tourniquet.

But can you save me?

Come on and save me...

If you could save me,

From the ranks of the freaks,

Who suspect they could never love anyone.


'Cause I can tell... you know what it's like.

A long farewell... of the hunger strike.

But can you save me?

Come on and save me...

If you could save me,

From the ranks of the freaks,

Who suspect they could never love anyone.


You struck me dumb, Like radium

Like Peter Pan, or Superman,

You have come... to save me.

Come on and save me...

If you could save me,

From the ranks of the freaks,

Who suspect they could never love anyone,

Except the freaks,

Who suspect they could never love anyone,

But the freaks,

Who suspect they could never love anyone.


Come on and save me...

Why don't you save me?

If you could save me,

From the ranks of the freaks,

Who suspect they could never love anyone,

Except the freaks,

Who suspect they could never love anyone,

Except the freaks,

Who could never love anyone.


2 comentários:

Daniela Valente disse...

"E concordo plenamente com o Aqui as histórias de encanar perdem o encanto ."

Encanar? =) tb concordo k encanar daquela maneira nunca deveria ser nem pensado...=)... bjo fica bem =)

BACKPACKER disse...

infelizmente editei, porque nao iriam compreender o que estava la escrito. preferi prevenir do que arranjar mais problemas. existe sempre alguem que ainda nao me disse o que tem para dizer. existem algumas coisas que eu sei e que simplesmente prefiro que pensem que me passa ao lado, ou que sou burrinha. e sabes porque? "há razões que a própria razão desconhece".o editar é à parte. bj=)