sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Heart bigger then the body...



Ontem, graças às minhas insónias, vi um filme que estava a dar no axn (ultimamente, todas as minhas noites acabam no axn), e.. no fim, uma das personagens principais, conhecido por Freak no filme ( kieran Culkin, na vida real) morre, porque o seu coração cresceu mais que a caixa toraxica.

E.. como depois de acabar o filme eu demorei 1h30 a adormecer (ou mais, talvez), fiquei a pensar no assunto.

Será que de cada vez que abrimos as portas do coração a alguém, damos-lhe um bocadinho do nosso coração, ou o coração aumenta de modo a caber mais um??
Penso que, pelo menos no meu caso, a opção correcta é a segunda.

Pois, penso que a primeira, se estivermos 'constantemente' a dar bocadinhos do nosso coração, irá chegar uma altura que já não temos coração para partilhar. E seremos totalmente desprovidos de amor.
Seremos incapazes de sorrir perante a alegria de uma criança com um brinquedo novo.
Seremos incapazes de ficar felizes só com uma mensagem que até nem diz nada de especial.
Seremos incapazes de simplesmente ser felizes.
Iremos tornar-nos pessoas frias e crueis, calculistas e hipócritas.

A segunda, apesar de ter a vantagem de nunca sermos desprovidos da capacidade de amar, e partilhar o nosso amor, leva-me a uma nova pergunta:

Será que algum dia o coração irá crescer mais que o nosso corpo?

Sim, eu sei que aquilo não passou de um filme (apesar de ser uma doença real), e eu sei que estou a usar uma metáfora: O nosso coração só cresce no sentido metafórico, na realidade, tem sempre o mesmo tamanho. Mas ainda assim, será que existem casos em que o coração explode por ter aumentado para além dos seus limites.

Ou seja:

Será que o ser humano tem um limite para amar?

Será que só conseguimos alcançar aquele limite, e depois desse limite, caso as coisas deem para o torto, seremos também desprovidos da capacidade de (com)partilhar o amor com alguém?

Será que algo que desde pequenos nos dizem ser infinito, terá na realidade limites?

Estaremos nós limitados à nascença sem sequer nos darmos por isso?

No filme, o rapazinho sofreu uns danos no tecido nervoso, o que fez com que os seus ossos parassem de crescer, enquanto que os orgãos continuavam o seu crescimento normal.
O que, iria levar a uma morte certa.

Será que isto é o nosso futuro também? Nós, aos quais o coração cresce para dar espaço a uma nova pessoa? Será que um dia our own heart, will we also outgrow our bones?

A parte que ainda não vos contei, é que o coração do Freak, de facto, tanto metaforicamente como literalmente era maior que ele.

A história baseia-se numa criança com 'deficiências' físicas, e outra que apesar de enorme, e forte, não era nenhum génio. Então ambos resolvem-se juntar, um é o cerebro, o outro a força. O 'brutamontes' (que nada tinha de bruto), era orfão de mãe, visto que o pai resolveu assassina-la (rico pai). Durante o filme, existe uma cena em que concedem liberdade condicional ao pai, e ele rapta o filho, e o amigo, que para andar precisava da ajuda de umas muletas, segue numa demanda, sozinho, para salvar o amigo. E, de facto, consegue.
A coragem de uma criança, com problemas motores, apenas para salvar o amigo, foi algo de único. Gostei. Não é o melhor filme já visto, mas gostei do filme. Gostei da coragem do miudo, que esqueceu todos os seus problemas motores, roubou uma carrinha, espetou-se com ela, partiu o para-choques, usou o para-choques como trenó, perdeu uma das muletas, e ainda assim continuou a sua demanda para salvar o amigo, enfrentando também um assassino com o dobro do tamanho dele (que, já agora, era o James Gandolfini, actor principal dos Sopranos).Gostei da cumplicidade deles. Não sei se é um filme daqueles que toda a gente aconselha a ver, eu gostei.












"Every word is part of a picture.
Every sentence is a picture.
All you do, is let your imagination connect them together.
If you have an imagination that is."

























I believe I can fly
I believe I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe I can soar
I see me running through that open door


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