segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Necessidade.. - Hope leaves

Preciso de escrever.
Preciso de por cá para fora tudo o que me atormeta e magoa.

Tudo o que faz com que o meu coração fique minusculo.
(Quem foi o cabrãozito que o trancou numa caixa bem + pequena que ele?)

Está apertado, e queixa-se, e consequentemente toda eu se sente apertada.
Grande demais para a cadeira, e para o quarto, e para o apartamento, e para o prédio, e para o mundo.

Sinto que não pertenço aqui, nem em lado nenhum.
Sinto-me invisivel.
Sinto-me triste.
Sinto-me.

Sinto-me demasiado.
Estou triste, e sorrio para as pessoas pensarem que estou feliz.

E de cada vez que sorrio, é como se a caixa diminuisse de tamanho, e a dor cá dentro aumentasse.
E...

Quero um abraço.
Um abraço apertado, daqueles que não me deixam fugir.
Daqueles que me deixam parar de sentir.
Daqueles abraços mentirosos, que nos dizem que está tudo bem, mesmo quando nada o está.
Daqueles abraços que nos deixam tranquilos e seguros, e felizes.. ainda que apenas temporariamente.
Daqueles abraços.

Como o que vou dar amanha.
Um abraço forte, apertado, que dirá tudo o que eu não sou capaz de dizer.
Porque as palavras não saiem, e mesmo que saissem não seriam as correctas.
Não há palavras certas que suprimam tudo o que está implicito num abraço.
Não há palavras que tirem, afastem, ou diminuam a dor.
Mas há abraços que o fazem.
Ainda que sejam efemeros, ainda que o tempo que dure seja um milésimo de segundo.

Há abraços que nos fazem sorrir.
E há abraços que nos fazem desabar, desabamos com o peso da dor que nos cai em cima, e aí choramos.. E depois, sentimo-nos mais leves, como se já não tivessemos o peso do mundo em cima.

É assim que me sinto.
Com o peso do mundo em cima dos meus ombros.
Estou triste.

Não consigo esconder essa tristeza das teclas.
E quero desabar.
E quero um abraço.

|:


Oh Tó.. para onde fugiste tu com os nossos abraços.
É que eu preciso mesmo de um. :|





In the corner beside my window
There hangs a lonely photograph
There is no reason
I's never notice
A memory that could hold me back

There is a wound that's always bleeding
There is a road I'm always walking
And I know you'll never return to this place

Gone through days without talking
There is a comfort in silence
So used to losing all ambition
Struggling to maintain what's left

Once undone, there's is only smoke
Burning in my eyes to blind
To cover up what really happened
Force the darkness unto me

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