A ideia de que um estranho possa estar a entrar na barreira do meu espaço, incomoda-me, desconcentra-me, acabando por me preocupar mais com o que me rodeia do que com o que estou a escrever.
Mas gosto da ideia de estar sentada num café e estar a escrever, a desabafar.
Talvez porque o resto das pessoas me estejam constantemente a provar que o mundo não pára.
Já estive em vários cafés, com papel, e com o computador, e nunca consegui partilhar-me com qualquer um deles.
Aliás, já há muito tempo que não conseguia partilhar nada com ninguém fosse porque meio fosse.
Tenho preferido guardar os pensamentos, as sensações, os sentimentos, as memórias bem fundo dentro de mim, e sempre que posso vou lá e piso-as mais um bocadinho para ver se ficam amachucadas o suficiente para desaparecerem temporariamente.
Não acontece.
Mas a ilusão de que poderia acontecer conforta-me um pouco.
Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma madrugada
Ninguém disse que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma gargalhada
E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim
Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma madrugada
E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma madrugada
Ninguém disse que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma gargalhada
E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim
Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma madrugada
E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim
2 comentários:
Sempre podes escrever um bocadinho em casa e depois mostrar-nos aqui. :)
Bjocas
As vezes quando te leio passa-me pela cabeça um "porra, somos mesmo parecidas".
Nunca escrevo em lado nenhum a não ser em casa, as vezes venho o caminho todo a pensar num texto qualquer que quero escrever e quando chego ja é tarde, as ideias ja se foram embora, é frustrante, mas é assim mesmo.
Houve um unico dia que fui capaz de escrever num cafe. Num guardanado, uma unica frase, dobrei o guardanapo e entreguei-o ao amigo que estava ao meu lado. So lhe pedi que não a lesse a minha frente. Porque é sempre tao complicado mostrarmos quem realmente soms aos outros? Temos assim tanto medo que não gostem?
Bah, um dia pego num pau de giz e encho as paredes todas, das ruas todas, de textos meus. Sim com giz, para ser facil de apagar :(
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