sexta-feira, 14 de março de 2008

Morrer para ser preciso...


Em tempos perguntaram-me se eras um diário, em tempos respondi que não.
E não menti.
Contudo, hoje, se me fizessem a mesma resposta não saberia que resposta dar.

Não é um diário, mas anda lá perto.
Escrevo, aponto, leio ou ignoro, conforme o que precise de fazer..

Comprei-o ser fofo, e ainda agora acho isso.
Agora, simplesmente, gosto de o ter por perto.
De carregar com ele todos os dias.
E revela-se util.

Hoje, ao vir de ir deixar um amigo meu a casa.
Parei junto a uma capela, a simplesmente ver o transito a passar.
Fiquei ali quieta, à espera que o mundo parasse, mas não parou.
Estive lá por volta de 20min, a ver carros a circular numa rotunda, e o sol a fazer o seu rumo..

Estava lá, mas não estava.
A minha mente estava bem longe.
A vaguear por outros lados que até eu desconheço o paradeiro.

Vislumbrei-me ao longe no meio de uma multidão d pensamentos.
E gritei o meu nome, chamei-me.
E estaquei, enquanto dezenas de pensamentos passavam de mim pra mim, e entre esse nós, que era eu e eu.

Foi então que dei conta que eu não parecia eu.
Encontrei-me diferente, quase irreconhecivel.
Estava mais pequena.
Estava mais distante de mim mesma.
Mais desconfiada, com mais medo de confiar.
Ferida, triste, e magoada.


Fiquei desolada a olhar pro meu subconsciente, e perguntei-me se devia fazer algo pra voltar ao normal. Enquanto me mirava de alto abaixo, dou por mim a não saber a resposta. A ter medo de ser como sou, a ter medo de me entregar as pessoas.
Outrora, a resposta seria que queria ser igual ao que era, q n ia deixar de gostar de rosas, porque o espinho de uma me picou.. Hoje, a resposta é diferente.

E ainda agora, ao pensar nisso, me fecho em mim. Me torno ainda mais pequena, e com ainda mais receios.

Mas isso são coisas que agora não importam.
Aliás, nada importa.

Ah.. e sabiam que as más noticias, desilusões, ferimentos e afins, nunca vêm sós?
Se fossem coisas palpáveis que se conseguissem ensacar, eu esta semana, teria um saco cheio.





Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada.
Fui eu que julgei que podia arrancar sempre
Mais uma madrugada.

Ninguém disse que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada.
Fui eu que julgei
que podia arrancar sempre
Mais uma gargalhada.

E deixar me devorar pelos sentidos,
e rasgar-me do mais fundo que há em mim
emaranhar-me no mundo, e morrer para ser preciso,
Nunca por chegar, ao fim.

Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julgei que podia arrancar sempre,
mais uma madrugada.

E deixar-me devorar pelos sentidos,
E rasgar-me do mais fundo que há em mim.
Emaranhar-me no mundo, e morrer por ser preciso,
Nunca por chegar ao fim.

E deixar-me devorar pelos sentidos,
e rasgar-me do mais fundo que há em mim.
Emaranhar-me no mundo, e morrer por ser preciso,
nunca por chegar ao fim.

E deixar-me devorar pelos sentidos,
e rasgar-me do mais fundo que há em mim.
Emaranhar-me no mundo, e morrer por ser preciso,
nunca por chegar ao fim.

E deixar-me devorar pelos sentidos,
e rasgar-me do mais fundo que há em mim.
Emaranhar-me no mundo, e morrer por ser preciso,
nunca por chegar ao fim.


1 comentário:

Niu_esi disse...

Não tenhas medo de ser como és, havera sempre alguem que vai gostar de ti por tudo isso que tu és, e isso é que é importante.
As vezes para sentirmos o cheiro da rosa temos de a segurar pelos espinhos!
The sweet and the sour speech! ;)

Bjs